quinta-feira, 26 de março de 2009

Porque não ponto final

O PSD está irredutível na recusa do nome de Jorge Miranda, proposto pelo PS, para o cargo de provedor de Justiça. A decisão final foi tomada ontem na comissão permanente do partido e radica apenas no facto de não ter sido uma escolha dos social-democratas, uma posição de princípio de Manuela Ferreira Leite. - Fonte: Público
Já estou habituado a ouvir este tipo de argumentos vindos da minha sobrinha de 5 anos. Mas confesso que não estava à espera de uma birra assim vinda de MFL.

quinta-feira, 19 de março de 2009

Pecado (quase) mortal

O Papa Bento XVI tem o direito de exprimir a sua opinião e a sua oposição sobre os contraceptivos mas perde toda a razão e credibilidade quando diz que o uso do preservativo pode agravar o problema da sida. Especialmente quando existem dados médicos e científicos que mostram que o uso do preservativo contribui decisivamente para a redução efectiva da transmissão do VIH.

E tendo em conta as estatísticas da sida no continente africano, estas afirmações do Papa nem lembram ao diabo.

quarta-feira, 18 de março de 2009

Ciganos e content(or)es

Como é que se integra uma comunidade que não quer ser integrada (comunidade fechada sobre si mesma, que não mostra qualquer abertura ao outro, autoexcluindo-se mesmo da sociedade, alegando valores e cultura próprios)? Vamos obrigá-los?

Como é que se juntam alunos que têm idades entre os 10 e os 17 anos com miúdos de 6 anos?

sábado, 14 de março de 2009

A pressa do Magalhães

Escolas não usam o 'Magalhães'. Professores alegam falta de formação e ausência de orientação.

in Expresso, 14.03.2009, p. 28
Como costumo dizer, a ideia até é boa (embora haja quem pense que seria preferível e muito mais favorável ao erário público apostar em equipar de raiz salas inteiras, especificamente criadas para o trabalho com computador, onde uma turma pudesse utilizar um computador por aluno...). Mas a pressa demagógica em mostrar trabalho feito, tendo em vista o interesse imediato em agradar às massas com um olho posto nas eleições, tem estragado tudo. Demorava mais, mas sim, seria um trabalho bem planeado, bem concebido e bem executado. E não às "três pancadas".

Pensamento do dia

Estamos numa época em que o fim do mundo não assusta tanto quanto o fim do mês.
(recebido por e-mail)

sexta-feira, 6 de março de 2009

A crise (II)

(...) Na revista Vanity Fair de Março, Michael Shnayerson conta como, após empocharem 700 mil milhões de dólares de dinheiro público que os salvaram da falência, os grandes bancos e seguradoras americanos, como a Merrill Lynch e a AIG, continuam a distribuir milhões em bónus às administrações e a uma parte dos seus funcionários. Shnayerson cita o exemplo de John Thain, CEO da Merrill Lynch, que em Dezembro de 2008, depois de vender a firma ao Banco da América por 50 mil milhões, o que pode implicar a perda de 30 mil empregos, "fez saber" que achava merecer um bonuzito de 10 milhões. A pretensão indignou toda a gente, levando uma série de (ir)responsáveis de instituições salvas com fundos públicos a jurar que em 2009 não ia haver bónus para ninguém. Sucede que, como o artigo demonstra, há e houve bónus, mais ou menos secretos. Esta total cupidez, aliada à incapacidade dos reguladores e do governo de acompanharem a atribuição de fundos com regras que impeçam tal pouca vergonha, é não só a mais eloquente explicação do desastre como o melhor retrato do sistema. Para os financeiros americanos (e todos?) é impensável relacionar coisas tão abstractas como os prejuízos das empresas que levaram à falência e o esforço do país para as salvar com os seus muito concretos proventos. A culpa não é deles: habituaram-nos assim.

Fernanda Câncio
in DN, 06.03.2009, p. 7
(nota: o destaque é meu.)

A crise

O lucro obtido em 2008 pela EDP é «único» e mostra que a empresa conseguiu atingir os objectivos traçados, disse o presidente-executivo da empresa, no dia em que foi divulgado um aumento de 20 por cento dos lucros da eléctrica, atingindo o valor recorde de 1.092 milhões de euros. - Fonte: TSF
Os lucros da Galp Energia subiram 14 por cento para 478 milhões de euros, em 2008, superando a expectativa dos analistas. O presidente da petrolífera assegurou que os projectos de investimento em curso nas refinarias de Sines e Porto vão criar, durante a fase de construção, entre cinco a seis mil postos de trabalho. - Fonte: TSF

quinta-feira, 5 de março de 2009

O país das janelas

A ESOP (Associação de Empresas de Software Open Source Portuguesas) emitiu na passada terça-feira um press release onde denuncia a existência de graves irregularidades no acesso ao portal vortalGOV. De acordo com esta associação, só as empresas que utilizam software da Microsoft conseguem aceder ao processo de candidatura a contratos públicos. Às que optaram por utilizar tecnologia concorrente, é-lhes vedada o envio da candidatura e, por conseguinte, à participação em concursos públicos. "Sendo actualmente obrigatória a utilização de plataformas de contratação electrónica em concursos públicos, a situação é particularmente grave. Trata-se de um constrangimento artificial ao mercado introduzido por uma empresa privada, com base na implementação dos serviços previstos no Código dos Contratos Públicos", lembra a ESOP, acrescentando ainda que não existe qualquer justificação técnica para esta situação.

Toda a história na edição de hoje do "Público".