"Neste momento, o Windows Update não consegue procurar actualizações porque o serviço não está em execução. Poderá ter de reiniciar o computador."
Esta mensagem apareceu quando tentei manualmente actualizar o Windows 7. Achei estranho não surgir de imediato a notificação das actualizações visto não correr o Windows desde Abril. Depois de reiniciar, e de verificar se o serviço de actualizações estava a funcionar (e estava), voltou a acontecer o mesmo.
A solução encontrei aqui. Basta ir às definições do Windows Update, alterar para “Nunca procurar actualizações (não recomendado)”, premir “Ok” e, logo de seguida, voltar a seleccionar “Instalar actualizações automaticamente (recomendado)”. A partir deste momento, o Windows Update está novamente a funcionar e a procurar por actualizações.
Enfim.
domingo, 29 de julho de 2012
domingo, 22 de julho de 2012
A grande História de José Hermano Saraiva
(...) As críticas que são feitas - de que se tratava de um falso historiador, de um romancista/ficcionista da história dando importância à lenda e a história sensacionalista e sem bases - é uma falsa crítica. Na minha relação com os programas do JHS sempre senti o entusiasmo que passava e a notável capacidade de criar ligações entre as várias histórias. Isso é e foi sempre sinal de inteligência. Raramente me lembro de o ter ouvido a dizer que era historiador. Considerava-se um divulgador de História e, neste país de incultos, conseguir transmitir como ele o fez, entusiasmo e vontade de saber, conseguir levar pessoas a visitar os locais que referia e interessar as populações locais pelos seus monumentos e lendas (coisas que nunca aconteceria de outra maneira), é obra. E quem quisesse saber mais ou quem quisesse saber a "verdade", que investigasse - ele deixava as pistas. No meu entendimento esse é o verdadeiro valor do "ensino": despertar curiosidade e entusiasmo porque só desses pode partir a vontade individual de saber mais. O ensino massacrante e monocórdico de factos, o despejar de conhecimentos de forma insossa é estéril.
(...) E não me venham com a velha história do comentário cobarde pós 25 de Abril de que Camões era um trabalhador. Naquele tempo e para JHS que tinha sido Ministro do Estado Novo essa foi a estratégia de sobrevivência e provavelmente a maneira de ficar num país que amava e cuja História o inspirava. Cobardes somos nós que deixamos os nossos governantes espezinhar-nos e cortamos na casaca de quem acabou de morrer.
Hugo Xavier
in O Novo Ecléctico, 22/07/2012
quarta-feira, 18 de julho de 2012
A fronteira da escravatura
(...) A história dos trabalhadores da Covilhã, a viverem num armazém, foi chocante por aquilo que se é capaz de fazer para ganhar uma margem no negócio. Mas foi mais chocante ainda pela imagem que deu da sociedade indiferente em que nos transformámos.
A primeira reacção às condições degradantes de vida daquelas pessoas foi contactar o Ministério da Solidariedade Social como se de um caso de caridade se tratasse. Há uns anos, não muitos, o sítio onde todos nós buscaríamos uma resposta seria no Ministério do Trabalho, mais concretamente na Inspecção Geral do Trabalho. E a Opway, a Somague e a própria PT teriam muito que explicar, não se desculpando com subempreitadas ou com empregos que vão criar.
Houve também um tempo, na escravatura e nos primeiros tempos da revolução industrial, em que o medo fez com que tudo se aguentasse. Até ao dia em que se perdeu o medo. O que é mais aterrador na actual crise é a impossibilidade de qualquer sociedade europeia aguentar a degradação de valores que as lideranças querem impor para ultrapassar os actuais problemas.
Helena Garrido
in Jornal de Negócios, 16/07/2012
Subscrever:
Mensagens (Atom)