A invenção do alfabeto
Na Fenícia, há mais de três mil anos, dão-se quase em simultâneo três acontecimentos épicos: primeiro, o Rei de Byblos confia ao seu melhor escriba a tarefa de simplificar a complexa escrita de então. A seguir, rodeando-se do maior segredo, prepara-se para lançar uma expedição destinada a explorar os limites geográficos do mundo conhecido. Depois, o acontecimento mais extraordinário: o Egipto, que naquele tempo detinha a tutela política da região, decreta o fim do politeísmo e impõe a adoração de um deus único, solar, naquela que terá sido a primeira emergência do monoteísmo na História humana.
O Criador de Letras, romance de Pedro Foyos, decorre nesta época de acontecimentos revolucionários, onde se cruzam a mitologia, o mistério, as lutas de poder e a ânsia do Homem em tomar as rédeas do próprio destino, tendo como pano de fundo esse momento crucial para a transmissão e consolidação do pensamento que foi a criação do alfabeto fonético, protótipo daquele que continuamos a usar.
(via
Bibliotecário de Babel)